19 de abril de 2013

Das coisas que eu não entendo (...)

O que é a morte afinal? Pensei a noite inteira sobre isso e ainda não consigo compreender, talvez minha mente cansada e meus olhos turvos de lágrimas tenham limitado meu pensamento sobre um único sentimento, o sentimento de perda.

Ontem o dia foi triste, foi um 18 de abril pra nunca mais esquecer, o dia que você nos deixou, o dia em que eu te vi pela última vez. O dia amanheceu lindo, o sol brilhava no céu azul e o ventinho frio de outono era confortante, claro, você não podia nos deixar em um dia cinza e comumente triste, aquele sol brilhando precisava nos fazer lembrar o seu sorriso iluminado.

Como receber a notícia de que um de seus melhores amigos morreu e não se sentir um pouco orfã? Foi impossível! Aquele telefonema caiu rasgando no meu coração, abrindo um buraco difícil e doloroso de ser preenchido, em menos de um minuto um turbilhão de coisas invadiu o meu cérebro, a lembrança do seu sorriso, a conversa no bate-papo um dia antes, nossos planos pro próximo fim de semana. Sentia uma mistura de tristeza e raiva, tristeza por saber que não teria mais você nos meus dias, animando nossos encontros, contando suas aventuras, cantando Sandy e Júnior na minha orelha e raiva por você ter partido tão cedo e nos deixado aqui tão tristes, eu sei que a culpa não foi sua, mas me permito pensar que foi, que você escolheu partir antes de todos nós para  poder ser eternizado em nossos corações, pensar assim me faz sentir melhor, me faz sentir que você está sorrindo agora olhando por mim.


Você se foi amigo, impulsivo como sempre, você nos deixou aqui sem saber o que fazer com a dor. O que me resta é lembrar de todos aqueles bordões hilários que você criava (coraaaaagem), lembrar das nossas conversas de bar, dos caldinhos no Homer e de tudo aquilo que você me ensinou. Aprendi muita coisa com você, você me ensinou que um sorriso às vezes melhora tudo, me ensinou que ser a "gêmea má" pode ser muito mais divertido (minha Paola), me ensinou a tomar caipirinha, a nunca desistir de um objetivo por mais difícil que seja e ontem você me ensinou a última e mais importante lição de todas, que a vida é aquilo que acontece agora, é a luta, o riso, a dor e a alegria, é a amizade, as discussões, as brincadeiras, é o momento presente.

Não te faço homenagens apenas por você não estar mais aqui, sei que tive a oportunidade de fazê-las em vida e as fiz, e isso me conforta um pouco mais. Hoje eu agradeço a Deus, primeiro por ter me deixado viver momentos tão felizes ao seu lado, por ter me dado um amigo tão especial que só trouxe alegria aos meus dias e segundo por que sei que ele está te acolhendo agora e que onde quer que esteja você estará sempre olhando por nós, eu perdi um amigo na terra, mas ganhei um anjo no céu.


E como dizia a canção:
Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, dentro do coração... Qualquer dia amigo eu volto te encontrar, qualquer dia amigo a gente vai se encontrar (...)

Karina Pereira

4 comentários:

  1. Sem palavras... muita saudade!

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    1. A saudade dói mesmo gordinha, é uma das coisas que nem o tempo cura!!

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  2. Karina que lindas palavras!
    A saudade só aumenta, o que diminui com o tempo é a dor.

    Parabéns pelo blog linda!

    Beeeijo

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    1. Natasha, obrigada!!
      Esse post foi não só uma homenagem, mas um desabafo de tudo o que sentia e que precisava expressarde alguma forma, como eu disse pra Karine, nem o tempo cura a saudade!!

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